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quinta-feira, 25 de abril de 2024
PORTUGAL EM SELOS • IN STAMPS - Rosto da Europa The Face of Europe
Do poema de abertura da Mensagem de Fernando Pessoa – obra de 1934 que representa a «verdadeira imagem de Portugal, com a carne da História sublimada na auréola do mito», no dizer de David Mourão-Ferreira em nota à sétima edição –, citam-se na página anterior os primeiros e últimos versos. Neste tão conhecido poema, a geografia de Portugal surge reconfigurada como «rosto» da Europa aberto ao mar, imagem já proposta por Luís de Camões em Os Lusíadas (III, 20) e depois graficamente visualizada por Almada Negreiros, em 1943. Tal alegoria voltou a fazer sentido em 2021, aquando da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia que, num quadro cultural de tradição e modernidade, também foi comemorada por uma especial emissão filatélica. A partir da imagem do «rosto» da Europa, o presente livro procedeu a uma releitura das emissões filatélicas de 2021 adiante reunidas, repartiu-as por quatro capítulos – «Olhar o Futuro», «Olhar o Passado, «Voz da Terra», «Visão Global» – e, para iluminar cada uma delas, importou mais versos da Mensagem. Cumpre-se, mais uma vez, o rumo traçado pelos Correios de Portugal que, logo em 1983, colocaram a coleção Portugal em Selos «sob o signo da cultura». Por exemplo, a prosa queiroziana (2018), a crónica medieval (2019), a música renascentista (2020) e, agora, a poesia pessoana (2021), foram ultimamente eleitas como eixos estruturantes. Assim, os selos de cada ano, miniaturais e silenciosos guardadores de memórias, ganham espaço e luz, voz e vida, convertendo estes livros bilingues em insólitos guias de viagem à descoberta de Portugal. E talvez até venham a desafiar a curiosidade do leitor pela cultura portuguesa.
quarta-feira, 24 de abril de 2024
25 de abril 50 anos de Liberdade no Museu do Lyceu de Faro
Programa
Exposição de Filatelia “ O Golpe militar de 25 de Abril de 1974”, coleção de Luís Braz;
Exposição da 2.a edição Premium do livro de António Costa Pinto e André Paris com o título “25 de Abril, 50 anos de Democracia”. Neste livro estão inseridos os selos de Angola, Cabo Verde e de Portugal, alusivos aos 50 anos do 25 de Abril, contendo ainda uma réplica, em ouro, do selo representando o cravo de Abril, incluído na emissão “25 anos da Revolução do 25 de Abril de 1974”, emitido em 1999.
A celebração desta data histórica conta ainda com uma edição limitada deste selo em ouro, certificado pela Imprensa Nacional da Casa da Moeda.
Esta exposição decorre no âmbito do Núcleo de Coleccionismo do Museu do Lyceu de Faro, onde estarão presentes os representantes do AEJD, Director Carlos Luís e do
Museu, Curador Meira Pinto , assim como Sr. Sérgio Antas, Diretor Comercial dos CTT Zona Sul e o Gestor de Loja dos CTT de São Brás de Alportel.
sábado, 20 de abril de 2024
domingo, 14 de abril de 2024
Emissão filatélica Europa 2022 - Histórias e Mitos
Legend of the Miracle of Our Lady of Nazaré
Salvation in extremis is what is often dreamt of in times of great distress. Or something to which, under such circumstances, the prayers of the most faithful are addressed. And that’s what helped Dom Fuas Roupinho on a certain foggy day. On 14 September 1182, the Captain-General of the Porto de Mós castle was hunting, when he sighted what appeared to be a deer. Excited at the prospect of good meat, he launched into fiery pursuit. So invested was he in the task that he only realised that he was on top of a cliff when the fall seemed all but inevitable. At the last moment however, his horse stood on its hind legs, which have been engraved there ever since. The image of the prey, which would ultimately turn out to be the devil, had vanished.
Dom Fuas Roupinho was rescued through the instant intervening salvation of Our Lady of Nazaré after having appealed to her in supplication. The image of the saint was hidden a little further down, in a small grotto located on the headland. Relieved by such a provident intervention, the knight dismounted, descended into the sacred hollow, fell to his knees and prayed in gratitude. Shortly afterwards he ordered the construction of a small church at the top of the cliff, the Chapel of the Memory (Ermida da Memória), where he placed this image.
The relic was already very old at the time. It was said to have been made by Saint Joseph, in the original village of Nazareth, in Palestine. A few centuries later, it would have been transferred to the Iberian Peninsula, to a monastery near Mérida. There it remained until the Arab invasion of 711. Trying to protect it, the Gothic King Rodrigo and the monk Frei Romano decided to take her with them towards the Atlantic coast. The grotto at the top of the cliff was the chosen location. And there it stayed until the miracle that saved Roupinho. After remaining in the evocative chapel that he had erected in 1182, in 1377 the image was moved to a new sanctuary that King Fernando I had decided to build and which would be rebuilt in the 17th century. It is there that, even today, the image of Our Lady is vener- ated. And it is from there that worship of Our Lady of Nazaré spread throughout the destinations of the Portuguese maritime explorers, thanks to her popularity among the peoples of the sea.
Papel / paper - FSC 110 g/m2
Formato / size
Selos / stamps: 40 x 30,6 mm
Blocos / souvenir sheets Madeira / Açores: 130 x 110 mm Bloco / souvenir sheet Continente / Mainland: 110 x 130 mm Picotagem / perforation
12 1/4 x 12 e Cruz de Cristo / and Cross of Christ
Impressão / printing - offset
Impressor / printer - bpost Philately & Stamps Printing
Folhas / sheets - Com 10 ex. / with 10 copies
sábado, 13 de abril de 2024
Emissão filatélica Instrumentos musicais das Bandas Filarmónicas - 2.º grupo da emissão base
Há mais de dois séculos, foi na Europa que nasceram as “bandas de música”, acompanhando a afirmação do liberalismo e, posteriormente, do movimento republicano, e revolucionando a arte de fazer música, levando-a a sair dos salões das elites, para o espaço público.
No ambiente do século xIx, a música e a atividade das bandas tornaram-se uma das principais formas de sociabilidade entre as diversas classes sociais, numa época em que ocorre a grande proliferação das bandas filarmónicas, traduzindo a importância da atividade cultural e artística amadora, nas classes sociais menos favorecidas, e a sua dimensão singular de desenvolvimento e de democratização cultural.
A estética e o modelo organizacional das bandas, assim como o seu repertório, resultaram da combinação das influências francesa, austríaca e alemã (prussiana) que levaram a música aos grandes espaços públicos, nos desfiles militares e nas festividades populares, através das marchas de cariz patriótico e também em concertos nos jardins e noutros locais, onde os temas de ópera, as valsas, as polcas e outros géneros, anteriormente conhecidos apenas pelas elites, eram divulgados a todas as classes sociais. (texto retirado da pagela da emissão filatélica
Dados Técnicos / Technical Data
Emissão / issue - 2024 / 04 / 02
Selos / stamps
€0,65
€0,90
€1,20
€1,30
€0,04
Design
Unidesign / Hélder Soares
Créditos / credits
€0,65 Trompete
€0,90 Clarinete
€1,20 Saxofone Tenor
€1,30 Tuba
€0,04 Lira de Marcha
Fotos / photos: Nuno Delícias.
Coleção / collection: Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense.
Pagela / brochure
Banda de música, Lisboa, c. 1900. Foto/photo: Alberto Carlos Lima.
Capa / cover: Banda filarmónica no Largo Municipal, Vimeiro, 21 de setembro de 1908.
Foto / photo: António Novais.
Coleção / collection: Arquivo Fotográfico /
/ Arquivo Municipal de Lisboa.
Sobrescrito de 1.º dia / first day cover
Foto / photo: Pedro Marquês de Sousa
Tradução / Translation
Kennis Translations
Agradecimentos / acknowledgments
Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense
Papel / paper
110g/m2
Formato / size
Selos / stamps: 30,6 x 27,7 mm
Picotagem / perforation
12 x 11 ¾
Impressão / printing: offset Impressor / printer: Cartor Folhas / sheets:
Com 100 ex. / with 100 copies
Sobrescrito de 1.º dia / FDC
C6
Pagela / brochure
C5
Emissão filatélica - 25 Abril 50 anos - As artes do 25 de Abril
Uma das consequências mais visíveis da revolução de 25 de abril foi a explosão de cor e de imagem que inundou o país.
Para além de a liberdade de expressão ter sido corporizada pela palavra escrita e falada, pelo teatro e pelo cinema, pelas reportagens televisivas que faziam pela primeira vez o espectador sentir-se comparsa do que via e ouvia, as ruas e praças de Portugal tornaram-se telas de grande dimensão onde se dava largas ao privilégio da criação, sem limitações que não fossem as da ética e do bom senso de cada interveniente.
Através da descoberta de uma nova estética quase inebriante, a arte gráfica assumiu um papel de intervenção, dando voz a temas e a sentimentos durante tanto tempo recalcados.
A arte saiu à rua. Os artistas experimentavam novas linguagens, antecipando já o fenómeno da street art que tanta importância assumiu mais tarde, e exteriorizavam livremente os seus sentimentos. Esta nova conjuntura permitiu ainda que fossem sendo criados públicos novos para este tipo de expressão artística, as pessoas comuns, os passantes que, com ou sem vontade de participar, eram de facto recrutados para testemunharem este movimento imparável.
O aparecimento da propaganda política em larga escala e a necessidade de fazer passar as mensagens das diferentes confissões que, pela primeira vez, encontravam palco livre, foram agentes aceleradores do desenvolvimento deste tipo de expressão no nosso país.
Os selos postais da República emitidos naquela época, tanto tempo submersos em sujeição de assuntos e da sua interpretação, não escaparam a esta tendência libertária e é hoje possível observarmos no seu desenho os grandes temas que a rua parecia querer então eternizar: a democracia, a liberdade, a participação de todos na vida política, o fim da guerra colonial.
Infelizmente, a tela onde se inscreveram estas mensagens a cores ou a preto-e-branco era efémera. O tempo apagou os graffiti das paredes e fez esquecer as fotografias que davam vida a jornais e revistas.
Dados Técnicos / Technical Data
Emissão / issue
2024 / 03 / 28
Folha Miniatura / Miniature Sheet Com 6 selos / with 6 stamps Tiragem / print run
€3,90 - 73 000
Design
Atelier Pendão & Prior
Créditos / credits
Folha miniatura / miniature sheet Fotojornalismo Félix Esteves
Design Gráfico Sebastião Rodrigues / Biblioteca Nacional de Portugal
Ilustração André Carrilho
Pintura Graffiti Mural SMILE / Municipio de Grândola
Fotografia Daniel Rocha
Pintura Mural Underdogs - Mariana Malhão, Moami, Petra Preta, Tamara Alves / FCSH - Universidade Nova de Lisboa
Capa da pagela e sobrescrito de 1.º dia / brochure cover and FDC
Ilustração / illustration Fernando Pendão
Tradução / translation
Kennis Translations
Agradecimentos / acknowledgements
André Carrilho Daniel Rocha
FCSH - Universidade Nova de Lisboa Félix Esteves
Município de Grândola SMILE
Underdogs - Mariana Malhão, Moami, Petra Preta, Tamara Alves
Papel / paper - 165g /m2 Papel feito de material reciclado / Paper made from recycled material Formato / size
Folha Miniatura / miniature sheet: 95 x 125 mm
Picotagem / perforation
12 x 12¼ e Cruz de Cristo / and Cross of Christ
Impressão / printing - offset
Impressor / printer - Cartor
Sobrescrito de 1.º dia / FDC
FDC Lisboa
FDC Porto
FDC Funchal
FDC Ponta Delgada
Pagela / brochure
Emissão filatélica conjunta Angola / Cabo Verde / Portugal - 25 Abril 50 anos (noticiário filatélico n.º 13/2024) Filatelia de Portugal
A Revolução de 25 de Abril de 1974 marca o início da vida democrática em Portugal. A insurreição levada a efeito por um conjunto de militares que pertenciam ao Movimento das Forças Armadas (MFA) acabou com o regime autoritário que nos governava desde 1926, mostrando que era possível acabar com a guerra colonial e abrir espaço para a democratização e o desenvolvimento do país.
A efeméride em causa foi tema dos selos postais emitidos em Portugal em várias ocasiões: 1974; 1975; 1984; 1994; 1999; 2004 e 2014.
No ano em que se comemoram os 50 anos da Revolução dos Cravos, os CTT Correios de Portugal decidiram continuar a evocar através de selos da República este momento fundamental do Portugal moderno. (texto retirado da pagela da emissão de selos 25 abril 50 anos)
Dados Técnicos / Technical Data
Emissão / issue
2024 / 03 / 28
Selos / stamps
€0,65– 70 000
€1,30 – 70 000
Design e ilustração / and illustration
Atelier Pendão & Prior
Créditos / credits
Capa da pagela e sobrescrito de 1.º dia / brochure cover and FDC
Ilustração / illustration Fernando Pendão
Tradução / translation
Kennis Translations
Papel / paper - 110g/m2
Formato / size
Selos / stamps: 40 x 30,6 mm
Picotagem / perforation
12¼ x 12 e Cruz de Cristo / and Cross of Christ
Impressão / printing - offset
Impressor / printer - Cartor
Folhas / sheets - Com 50 ex. / with 50 copies
Sobrescrito de 1.º dia / FDC
Lisboa; Porto; Funchal; Ponta Delgada; Coimbra; Filatelia - Lisboa
Emissão filatélica 100 anos da Federação de Patinagem de Portugal
A história da Federação de Patinagem de Portugal acompanha
a história e a evolução dos desportos nacionais sobre
rodas.
Desde a chegada
dos primeiros patins
a Portugal, em 1873, por intermédio da rainha
D. Maria Pia – que promovia jogos e exibições de skills de patins de rodas no Convento de Mafra –, que os desportos sobre rodas
foram ganhando cada vez mais projeção ao longo
dos anos.
Em 1922, é criada
a Liga Portuguesa de Hóquei,
organismo que regulava
o hóquei em patins, a patinagem e o hóquei em campo, em Portugal. Dois anos mais tarde, em 1924,
nasce a Federação Portuguesa de Hóquei que, em 1933, passa a Federação
Portuguesa de Patinagem e, em 2005,
passa a ter a designação de Federação de Patinagem de Portugal (FPP).
A FPP orgulha-se da aposta feita
no crescimento e desenvolvimento de todas as suas
disciplinas ao longo deste século, comprovada pela extensa lista de títulos conquistados
além-fronteiras – mais de 860 pódios –, e de acompanhar a evolução do desporto com a integração das
disciplinas mais recentes e mais urbanas como o Inline Freestyle, o Roller Freestyle e o Skateboarding, que é modalidade olímpica
desde 2020.