domingo, 24 de novembro de 2019

FDC Lisboa - 50 anos da Escola de Fuzileiros


Nos anos 50 do século passado, as velhas potências coloniais europeias viviam um momento especial ditado pelas regras em que assentara a paz e o desenvolvimento do Velho Continente no pós-guerra. A descolonização decorria das pressões políticas das duas potências emergentes – Estados Unidos e União Soviética –, cedendo ou confrontando-se, consoante as circunstâncias, mas concordando que aos espaços colonias deveria ser dada a independência. A nova ordem mundial estabelecer-se-ia de acordo com outras formas de influência, incompatíveis com a tradição colonial dos finais do século XIX. E Portugal era uma das potências, com territórios significativos no continente africano.
Em alguns casos a transição fez-se de forma pacífica, mas foram muitos os exemplos em que o processo deu origem a conflitos violentos e prolongados, com características muito próprias. A nova forma de fazer a guerra não promovia os enfrentamentos massivos, não usava armamento sofisticado e não mobilizava grandes meios materiais. Era a guerra subversiva em marcha, que os franceses começaram por enfrentar no Sueste Asiático e na Argélia, e que Portugal viria a conhecer, a partir de 1961, nos territórios de Angola, Moçambique e Guiné.
A Marinha entendeu estas condições e, ainda nos anos 50, promoveu um processo de reestruturação que visava uma maior implantação nos territórios ultramarinos. Mas a capacidade de actuar em terra, mesmo em zonas ribeirinhas, estava precariamente reduzida às forças de desembarque dos navios, sem vocação para defrontar as guerrilhas emergentes. Era preciso preparar marinheiros capazes de executar operações em terra, utilizando meios de desembarque rápidos e dissimulados, com possibilidade de penetração no terreno. Foi esta a ideia que motivou o restabelecimento das forças de infantaria da Marinha, agora vocacionadas para operações especiais, como exigiam as condições da contra-insurreição que se adivinhava. Nasciam assim os Fuzileiros do século XX, cuja expressão máxima da capacidade de actuação contra a guerrilha foi assumida pelos Fuzileiros Especiais.
A preparação destes homens obrigou à criação de condições próprias, com espaço disponível para a prática de exercícios adequados à aprendizagem das condições de combate, obrigando a uma formação técnica, psicológica e física, intensa. Para isso foram utilizados os terrenos que a Marinha dispunha em Vale de Zebro: uns edifícios precários com possibilidades de arranjo, uma mata densa com condições de treino e a caldeira do velho moinho de maré, que agora serviria para familiarizar os futuros fuzileiros com as duras condições do mangal dos rios africanos, foram o ponto de partida da Escola de Fuzileiros, há 50 anos atrás.
Até 1974, foi ali que se formaram as sucessivas gerações de Fuzileiros Especiais que combateram nos teatros africanos. E, terminada a guerra, o novo contexto político e militar obrigou à reconversão técnica da formação, adaptada a outras condições de actuação da Marinha Portuguesa. Mas a Escola de Fuzileiros adaptar-se-ia aos novos programas e técnicas, mantendo-se como a alma mater de milhares de jovens que orgulhosamente ostentam a boina azul-ferrete dos Fuzileiros dos séculos XX e XXI.

Comandante Jorge Semedo de Matos


Dados Técnicos
Emissão / issue
2011 / 06 / 03

Selos / stamps


€0,32 - 370 000
€0,80 - 155 000


Design - Atelier Acácio Santos /Elisabete Fonseca
Créditos / Credits
Selo €0,32 - Treino na "Pista de Lodo"
Selo €0,80 e bloco (fundo) - Desembarque em bote
Bloco (selo) - "Monumento ao Fuzileiro"
Fotos - Mário Cerdeira
Agradecimentos / Acknowledgments
Herdeira de Miguel Torga
Escola de Fuzileiros
Capa da pagela/brochure cover
Treino na "Pista de Lodo"

Papel / paper - 110 / m2 True White TR CPST331

Formato / size
selos / stamps: 40 x 30,6 mm
bloco / Souvenir-sheet - 125 x 95 mm
Picotagem / perforation
Cruz de Cristo / Cross of Christ 13 x 13

Impressão / printing - offset

Impressor / printer - Joh. Enschedé

Folhas / sheets
Com 50 ex. / with 50 copies
Sobrescritos de 1º dia / FDCC5 – 0,75
C6 – 0,56

Pagela / brochure
0,70

(CTT, 2011)
Retirado de: CTT Saiba mais

sábado, 23 de novembro de 2019

Infertelidade (FDC Lisboa)


País / CorreioPortugal
Data de emissão12 de março de 2008
Tema principalHumanidade (O corpo)
assuntoinfertilidade
largura30,6 mm
altura40,0 mm
valor0,30 €
Número de carimbos da série1
Apresentação / Layoutfolha de 50
Perfurações11.75 x 11.75
Autoridade postal emissoraCTT Correios de Portugal SA
impressoraImpressa Nacional Casa da Moeda em Offset

Desenho: João Machado
Tiragem: 280 000
Papel: Esmalte

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Carimbo comemorativodos CTT alusivo ao II Grande Desfile Máscaras Ibéricas


País / CorreioPortugal
Data de emissão17 de fevereiro de 2005
Tema principalTeatro e cinema
Mankind (Roupas e trajes)
assuntoMáscaras portuguesas, Festa dos Rapazes, Salsas, Bragança
largura30,6 mm
altura27,7 mm
valor0,30 €
Número de carimbos da série5
Apresentação / Layoutfolha de 100
perfurações13 x 12
Autoridade postal emissoraCTT Correios de Portugal SA
impressoraImpressa Nacional Casa da Moeda

terça-feira, 19 de novembro de 2019

1856 - Início do Caminho de Ferro em Portugal (FDC Lisboa)


Pays / PostePortugal
Date d'émission28 octobre 2006
Thème principalTransport ferroviaire (Locomotives et trains)
Sujet1856 - Début du Chemin de Fer au Portugal
Largeur40.0 mm
Hauteur30.6 mm
Valeur0.60 €
Nombre de timbres dans la série5
Présentation / Mise en pagefeuille de 50
Perforations12.75 x 12.5
Autorité postale émettriceCTT Correios de Portugal SA
PrinterImprensa Nacional Casa da Moeda

domingo, 17 de novembro de 2019

FDC Lisboa - Bordados Tradicionais Portugueses (C6)


Na nossa sociedade tradicional, o bordado foi, e é, uma actividade feminina. 
Desde muito cedo, as raparigas aprendiam, no seio do convívio com as mulheres mais velhas da família, os primeiros pontos. Nesta “escola”, a única a que, quantas vezes, tinham acesso, iniciavam-se também noutros saberes e segredos da vida que, aos poucos, iam desvendando.
Neste ambiente caseiro, nas longas noites de inverno passadas em torno da lareira, ensaiavam-se os pontos mais simples e os mais complexos, que se iam guardando em pequenas tiras de tecido, conhecidas como Mapas ou Mostruários. Estes exemplos serviam de referência, para um dia mais tarde serem reproduzidos em peças de vestuário e no enxoval.
De norte a sul do país e nas ilhas, escreveram-se, de forma muito original, verdadeiras declarações amorosas, nos Lenços de Amor. As raparigas casadouras esmeravam-se na sua composição, bordando um conjunto de motivos de grande simbolismo amoroso (corações, aves, pombas, albarradas, silvas etc.) que sublinhavam com versos. Depois de pronto, o lenço era oferecido ao conversado, que o deveria usar nas festas e romarias, em sinal de compromisso. Também a Camisa de Guimarães, que o noivo usava no dia do casamento, era carinhosamente bordada pela sua noiva.
Foi bordando que se enviaram mensagens, como mostra a frase que decora o Saco de Glória do Ribatejo.
Entre os trabalhos mais belos que as noivas realizaram, contam-se as Colchas de Noivado de Castelo Branco. Bordadas sobre linho de cor natural, com fios de seda frouxa colorida, evidenciam, na sua composição, uma forte influência oriental.
Mais a sul, chegam de Arraiolos os tapetes que têm existência antiga e origem desconhecida. Também nestas peças, está presente a influência oriental, na composição e na escolha dos elementos decorativos - animais, flores, albarradas - executados com fios de lã polícroma, no ponto de Arraiolos.
Do outro lado do mar, da Madeira, admiramos os bordados que entre nós mais se internacionalizaram e que maior valor económico detêm. Divulgados a partir de meados do século xix, estes trabalhos destinam-se ao vestuário feminino e à roupa de casa de uma clientela apreciadora e ávida de requinte. Hoje, como ontem, escolhem-se quase sempre os tecidos brancos, preenchidos com elaboradas composições executadas com linhas da mesma cor.
Nos Açores destacamos, por ser menos conhecido, o Bordado a Palha, onde os pequenos motivos decorativos são executados com palha fendida e fios de pita (babosa) sobre tule, criando peças de uma imensa leveza.
Hoje em dia, o Bordado que identificamos como pertencente às diferentes regiões do nosso país apresenta características específicas, que nos permitem identificar a sua origem. Fruto de uma longa evolução local, onde várias influências se cruzaram e reinventaram, o bordado é um produto cuja importância cultural ultrapassa o valor de cada peça.

Madalena Farrajota Ataíde Garcia
 Dados Técnicos
Emissão / issue
2011 / 06 / 28

Selos / stamps

€0,32 - 370 000
€0,47 - 160 000
€0,57 - 220 000
€0,68 - 220 000
€0,80 - 155 000
€1,00 - 170 000

Design - Sofia Raposo/ Folk Design
Créditos / Credits
Selo €0,32 - Lenço de Namorado (promenor), Vila Verde; Foto - Egídio Santos
Selo €0,47 - Tapete de Arraiolos (promenor); foto Carlos Monteiro/ DDF/IMC/Museu Nacional de Arte Antiga
Selo €0,57 - Entrecama (promenor), Castelo Branco; foto Paulo Sintra/ laura Castro Caldas/ DDF/IMC/Museu Nacional de Arte Antiga
Selo €0,68 - Colete feminino (promenor), Viana do Castelo; foto Paulo Sintra/ Laura Castro Caldas/ DDF/IMC/Museu Nacional de Arte Antiga
Selo €0,80 - Toalha (promenor), Madeira; foto Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (VBAM)
Selo €1,00 - Lenço Bordado a Palha (promenor), Açores (Ilha do Faial); foto Paulo Sintra/ Laura Castro Caldas/ DDF/IMC/Museu de Arte Popular
Blocos: Saco (taleigo) bordado a ponto de cruz, Glória do Ribatejo; foto Luísa Oliveira/ DDF/ IMC/ Museu Nacional de Arqueologia. Camisa de Noivo, Guimarães; foto Paulo Sintra/ Laura Castro Caldas/ DDF/IMC/Museu de Arte Popular.
Agradecimentos / Acknowledgments
Madalena Farrajota, Instituto dos Museus e da Conservação / Divisão de Documentação Fotográfica (IMC/DDF), Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), Museu de arte Popular
Papel / paper - FSC 110g. / m2 

Formato / size
selos / stamps: 30,6 x 40 mm
Bloco / souvenir - sheet - 125 x 95 mm

Picotagem / perforation
Cruz de Cristo / Cross of Christ 13 x 13

Impressão / printing - offset

Impressor / printer - Cartor
 
Folhas / sheets
Com 50 ex. / with 50 copies

Inteiro Postal / Postal Stationery €o,32

Sobrescritos de 1º dia / FDC
C6 – 0,56
C5 – 0,75
Pagela / brochure
0,70
(CTT, 2011)

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Ateneu 78 Expo Filatelia Temática - CTT Porto


Sobrescrito edtado por Filatelia "Luso-Brasileira" e Boletim do Jornalista Filatélico selado com selos da emissão filatélica "Paisagens e Monumentos de Portugal" e "Segurança Rodoviária" obliterados com marca de dia (101) e carimbo comemorativo ATENEU 78 Expo Filatelia Temática, datado de 25/11/78, localidade Porto.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Barragens de Portugal (FDC Lisboa)


Pays / PostePortugal
Date d'émission19 avril 2007
Thème principalGénie civil (Barrages)
SujetBarrages du Portugal - Barrage de Castelo de Bode
Largeur40.0 mm
Hauteur30.6 mm
Valeur0.30 €
Nombre de timbres dans la série5
Présentation / Mise en pagefeuille de 50
Perforations13 x 13.75
Autorité postale émettriceCTT Correios de Portugal SA
PrinterCartor Security Printing

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Stamps Portugal 2018 Mickey Mouse 90 anos Years Walt Disney Steamboat Willie Personnages célèbres Famous people

https://www.delcampe.net/en_GB/collections/stamps/disney/portugal-2018-mickey-mouse-90-anos-years-walt-disney-steamboat-willie-personnages-celebres-famous-people-862717432.html

2019 - Sobrescrito circulado com registo e aviso de recepção de Vila Real de Santo Antóno no qual foi aposto carimbo comemorativo alusivo ao 10.º aniversário da Biblioteca de Vila Real de Santo António e marca de dia de Vila Real de Santo António.
 
Pays / PostePortugal
Date d'émission14 septembre 2018
Thème principalPersonnages célèbres (Disney) 
Sujet90 ans de Mickey
Largeur30.6 mm
Hauteur40.0 mm
Valeur0.53 €
Nombre de timbres dans la série12
Présentation / Mise en pagemini feuillet de 8 de 8 illustrations
Perforations12.25 x 12
Autorité postale émettrice 
Printerbpost