sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Emissão Filatélica dedicada à Arte Contemporânea Portuguesa

 


A emissão, composta por seis selos, homenageia seis artistas contemporâneos nacionais: Gabriela Albergaria, Helena Almeida, Lourdes Castro, José Pedro Croft, João Louro e Miguel Palma.

«O conceito da proposta SELO // ARTE surge da ideia de mapear a arte contemporânea portuguesa, fazendo uma analogia aos CTT Correios de Portugal que, por excelência, mapeiam e conectam os vários pontos do território nacional. Os artistas selecionados para esta primeira edição (Gabriela Albergaria, Helena Almeida, Lourdes Castro, José Pedro Croft, João Louro e Miguel Palma) representam várias gerações, meios de trabalho e problemáticas de investigação, permitindo um olhar amplo sobre o panorama da produção artística do primeiro quarto do século XXI», escreve, na pagela, Verónica de Mello, curadora do projeto.

«Os selos de artistas contemporâneos representam uma importante interseção entre a filatelia e a arte contemporânea e, através desta série SELO // ARTE, o público pode apreciar e aprender sobre a obra de artistas contemporâneos portugueses, tornando a arte acessível a todos e perpetuando o legado dos artistas no tempo e na história», conclui a curadora.

Gabriela Albergaria nasceu em 1965. Vive e trabalha entre Bruxelas e Lisboa. O trabalho de Gabriela Albergaria envolve um território: a natureza, em fotografia, desenho e escultura. Foi nomeada para os prémios Ars Viva 2002/2003 – Landschaft, Alemanha, e Prix Pictet 2008, The World's Premier Photographic Award in Sustainability. Em 2023, ganhou o Prémio Projecto Artístico Destacado da Fundação Millenium BCP e da Viarco.

Helena Almeida (1934-2018), tem uma vasta obra em pintura, desenho, performance, vídeo, instalação e fotografia, onde questiona o espaço pictórico. O documentário da produtora Image et Compagnie / ARTE France mostra o reconhecimento internacional da artista. Representou Portugal na Bienal de Veneza por duas vezes: na 41.ª edição da Bienal, em 1982, e em 2005 na 51.ª edição da Bienal.

Lourdes Castro (1930-2022) residiu em Paris durante 25 anos, regressando em 1983 à sua ilha natal, a Madeira. A partir da década de 1960, explora a projeção e a fixação das sombras em materiais tão diversos como plexiglas, acrílico, lençol ou papel. Representou Portugal na Bienal de São Paulo por três vezes: em 1959 e 1985, e com Francisco Torpa, em 1998. O seu trabalho foi galardoado com a Medalha do Concelho Regional Salon de Montrouge; Grande Prémio EDP; Prémio CELPA / Vieira da Silva; Prémio Artes Visuais, Associação Internacional de Críticos de Arte; Prémio AICA / Ministério da Cultura. Em 2020, quando cumpriu 90 anos, foi distinguida com a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Ministério da Cultura.

José Pedro Croft, nasceu em 1957. A sua obra tem uma forte referência arquitetónica e desenvolve uma investigação espacial e tridimensional constante, seja na escultura e instalação ou na pintura e no desenho. Representou Portugal na 19.ª Bienal de São Paulo, em 1987, e mais tarde, na 57.ª Bienal de Veneza, em 2017. Em 2001, venceu o Prémio Nacional de Arte Pública Tabaqueira e o Prémio EDP – Desenho.

João Louro nasceu em 1963. A sua obra engloba pintura, escultura, fotografia e vídeo. Descendente da arte minimal e conceptual, o trabalho de João Louro reflete uma atenção especial às vanguardas do início do século XX. Em 2015, foi o representante oficial de Portugal na 56.ª Bienal de Veneza.

Miguel Palma (1964) é um artista com vários universos de trabalho e pensamento, a importância da máquina é fundamental. A aviação, a astronomia, o automóvel, a arquitetura, a natureza e a tecnologia em geral são alguns dos seus interesses. Trabalha em vídeo, desenho, colagens e principalmente instalação. Participou em 1999 na Bienal Internacional de Melbourne "Signs of Life", Austrália. Em 2010, na ZERO1 Biennial em San Jose, Estados Unidos da América e na 7.ª Bienal de Arte Contemporânea de Liverpool, Reino Unido.

A emissão filatélica é constituída por seis selos com um valor facial total de €5,70, pela pagela e pelo sobrescrito de primeiro dia.
As obliterações de primeiro dia podem ser feitas nas lojas CTT em Lisboa – Restauradores e Chiado, no Porto −Palácio dos Correios, no Funchal – Zarco, e em Ponta Delgada − Antero de Quental.

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