Em 25 de janeiro de 1924, 28 países, entre os quais Portugal, assinaram um «Acordo internacional» que permitiu a criação do Office International des Epizooties (OIE), sedeado em Paris, que tinha como missão combater as doenças animais infeciosas de forma coordenada. Esta organização foi fundada como resposta ao combate à peste bovina, que se propagou por todo o mundo, causando uma elevada taxa de mortalidade e afetando drasticamente os meios de subsistência. Aquela crise demonstrou claramente que as doenças animais podem constituir uma ameaça para a segurança alimentar e para o crescimento económico, levando ao desenvolvimento de uma estratégia orientada e articulada entre os países membros. Ao longo deste século, a organização foi reafirmando os seus valores, suportados por uma comunidade científica internacional, contribuindo para a definição das políticas sanitárias veterinárias, para o desenvolvimento de medidas a adotar pelos serviços veterinários dos países membros e para o estabelecimento de normas aplicáveis ao comércio internacional de animais e seus produtos. Representada em todos os continentes, estabeleceu uma dinâmica operativa centrada na partilha de informação e na análise científica através das suas Comissões Regionais - África, Américas, Ásia e Pacífico, Europa e Médio Oriente -, fortalecendo as redes de vigilância e o controlo da evolução das doenças a nível mundial, tendo adotado em 2003 uma designação mais abrangente - Organização Mundial Saúde de Animal (OMSA). Sendo uma organização intergovernamental, tem por objetivo a divulgação de forma transparente de informações sobre as doenças animais, contribuindo para a melhoria das condições de saúde animal a nível global e, assim, construir um mundo mais seguro, mais saudável e mais sustentável.